A possibilidade de uma ilha (2005)
A possibilidade de uma ilha (2005)
Implacável. Sob a aparência de ficção científica, esconde-se a (mesma) acusação (de sempre) feroz contra a civilização contemporânea. O curioso é que não se gasta. E não nos cansamos de recalcar.
Desta vez, um humorista cínico. Envelhece mal, farto de sexo descartável e de relações corroídas pelo egoísmo. (????)
Fora a máscara do nosso tempo, mostra-se uma sociedade obcecada com juventude, prazer e consumo, mas incapaz de sustentar qualquer forma de afeto ou transcendência.
A “ilha” do título não é o paraíso. Ou será?
Prémio Interallié e Finalista do Prémio Goncourt.
Michel Houellebecq, nascido em 1956 na ilha da Reunião, é o grande iconoclasta da literatura francesa contemporânea. Acusado de niilismo e provocação gratuita, responde com uma escrita que não pede desculpa e não oferece saídas. A sua obra desmonta as ilusões de progresso, denunciando a decomposição emocional e espiritual do Ocidente. É detestado e reverenciado em igual medida, precisamente porque diz o que muitos não querem ouvir: que vivemos numa civilização cansada, entregue de bom grado à sua própria extinção.
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