A vegetariana
A vegetariana
Um gesto simples - recusar comer carne - transforma-se num ato absoluto de rebeldia. Yeong-hye, a protagonista, decide abandonar a carne depois de um sonho perturbador. O que começa como uma escolha pessoal rapidamente se torna uma guerra íntima e familiar, onde o corpo feminino é o campo de batalha entre a norma e o desejo de pureza.
A decisão de Yeong-hye é vista como loucura, mas a sua recusa é, na verdade a de todas as formas de violência, física, patriarcal, simbólica.
A narrativa, dividida em três partes, acompanha o processo de dissolução da protagonista. Han Kang escreve com precisão e compaixão. A transformação de Yeong-hye invoca Kafka.
“Sonhei que sangue escorria da minha boca, e percebi que nunca mais poderia comer carne.”
Han Kang nasceu em 1970, em Gwangju, na Coreia do Sul. É uma das vozes mais inquietas da literatura contemporânea. Os seus livros exploram a violência invisível do quotidiano e a fragilidade do corpo como lugar de memória.
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