Anoitecer no paraíso
Anoitecer no paraíso
Uma cartografia íntima do caos.
Tivemos que esperar até 2018, após a sua morte, para podermos lê-lo. É a confirmação de Lucia Berlin como uma das vozes mais singulares da literatura contemporânea. Dezanove contos, fragmentos de vida, sem artifícios. Irónicos, autênticos, crus. Delicados, elegantes.
Muitas vezes pessoais, erguem-se como photomatons no deserto. Instantâneos de existências em movimento, paixões turbulentas á sombra persistente do vício.
As mulheres de Berlim procuram pertença, sentido. Encontram-se entre o desencanto e a ternura, entre a desordem e a urgência. Num referencial em que a fragilidade não é fraqueza, mas sim o combustivel da resistência.
Lucia Berlin (1936–2004) teve uma vida errante e intensa, que atravessou geografias e papéis sociais. Do primeiro cigarro, aceso por um príncipe, às profundezas da dependência. Apenas a morte fez emergir a força da sua obra. Hoje é celebrada como uma das vozes mais provocadoras do conto norte-americano. Austera e luminosa. Tão implacável como vulnerável.
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