As partículas elementares (1998)
As partículas elementares (1998)
Sobre a falência do Ocidente perante o vazio afetivo e sexual. O sexo, sempre o sexo. Dois meios-irmãos. Se o tom e o ritmo transpiram Celine, é um pressentimento que sugere o "Irmãos inseparáveis" do Cronemberg. A modernidade é brutal, ou parece ser. Desde sempre, aliás.
Somos únicos, partículas elementares, de difícil afinidade, tão parecidos uns com os outros. As contradições do realismo empurram para a tentação do "Ensaio". Houellebcq resiste mas o "Ensaio" está lá.
Foi polémico desde o lançamento, acusado de misantropia, misoginia e pessimismo radical. Concordo. Como seria, é bom de ver, qualquer análise lúcida da crise cultural e existencial da sociedade ocidental. Resta-nos le-lo. De preferência logo a seguir ao "Extensão do domínio da luta". Por ordem. Como se ouve um vinil.
Michel Houellebecq, nasceu em 1956 na ilha francesa da Reunião. É escritor, controverso, polémico, provocador e, talvez por isso, influente. Não tem medo de confrontar temas incómodos como a sexualidade, a religião, a decadência do Ocidente. Deveria ter? É aí que estamos? De novo?
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