Barry Lyndon

Romance implacável sobre ambição, mentira e a ascensão social.

Publicado em 1844, o livro conta a história de Redmond Barry, um jovem irlandês que, através de enganos, duelos, falsidades ascende à aristocracia europeia do século XVIII.

Narrado na primeira pessoa, o protagonista pinta a sua própria vida como um épico heróico, na ironia porém de estamos perante puro egoismo. Haverá diferença? Conseguirá o Épico nascer de outra coisa? 

O romance é uma crítica feroz ao ideal do "self-made man" e à superficialidade das elites sociais. Barry não é um vilão. É oreflexo de um sistema onde o prestígio importa mais do que a honra, e onde a ascensão é frequentemente construída sobre ruínas morais.

Quase duzentos anos volvidos, pouco mudou portanto.
Ambição sem alma.

William Makepeace Thackeray (1811–1863) foi um dos grandes protagonistas da literatura inglesa vitoriana. Com um olhar mordaz e uma prosa elegante, expôs, com irreverência, as hipocrisias da sociedade britânica.

Em 1975, Stanley Kubrick adaptou Barry Lyndon ao cinema, transformando-o num clássico visualmente deslumbrante e formalmente rigoroso. A frieza estética sublinha o vazio em que Barry se debate.