Caruncho
Caruncho
Uma fábula doméstica e apocalíptica. Uma casa feita espelho de uma Espanha corroída pela história e pelo silêncio que o Franquismo impôs, mesmo depois do seu cirurgico desmantelamento. Uma Espanha vazia, marcada. Uma terra tão agreste e estéril como o destino a que condena as mulheres que nela vivem.
O "caruncho" como metáfora da decadência coletiva, faz emergir o rumor do passado que recorda o que todo um país finge (e preferia) esquecer.
Escrito de forma radicalmente feminina, a casa é o corpo, o país e a memória. Todos em lento desmoronamento sobre a resistência, superstição e pequenas magias que sobreviveram ao medo pós-fascista, pós-religioso e pós-realista; um exorcismo.
Layla Martínez (Madrid, 1987) é uma das vozes mais provocadoras da nova ficção espanhola. Escritora, editora e ativista, mistura horror, política e misticismo popular para desmontar o mito da “transição” e da normalidade. Caruncho confirma-a como herdeira de uma linhagem que vai de Rulfo a Mariana Enríquez.
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