Depois de morrer aconteceram-me muitas coisas
Depois de morrer aconteceram-me muitas coisas
Publicado em 2009, o livro acompanha um homem que, depois de morrer, continua a viver - ou algo próximo disso - num quotidiano que mistura o absurdo, o cómico e o trágico. A morte, aqui, não é fim nem transcendência; é uma extensão desconcertante da vida, com toda a sua confusão e ironia.
Ricardo Adolfo transforma um tema universal numa experiência profundamente contemporânea: a sensação de viver num mundo onde tudo parece pós-vida, despersonalizado, saturado, sem direção. A narrativa, fragmentada e de humor negro, expõe a banalidade dos dias.
O autor desmonta a ideia de redenção, recusa sentimentalismos e revela o grotesco que se esconde nas pequenas rotinas. Depois de morrer aconteceram-me muitas coisas é um livro sobre o absurdo da existência moderna, onde morrer talvez seja apenas mais uma forma de continuar a viver sem saber porquê.
Ricardo Adolfo (n. 1974) nasceu em Luanda e cresceu em Lisboa. É romancista, argumentista e publicitário, tendo vivido entre Amesterdão e Tóquio, geografias que se refletem no tom cosmopolita e irónico da sua escrita. A sua obra distingue-se por uma linguagem viva, por personagens que se movem à margem e por uma crítica subtil às ilusões da vida urbana e contemporânea. Adolfo escreve com humor, mas sem complacência: usa o absurdo para iluminar o real. Entre o desconcerto e a lucidez, tornou-se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa atual.
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