Dias da noite
Dias da noite
Contos. Pequeno. Denso. Corrosivo. Manejar com cuidado.
A elegância cruel da normalidade do quotidiano. Na infância, a crueldade disfarçada de inocência, a violência latente que espreita sob o verniz da vida doméstica.
Basta uma criança que mente com naturalidade, uma família que se alimenta ressentimentos (haverá alguma que não o faz?), um gesto banal que abre caminho ao abismo.
Ler Dias da noite é perceber que o horror não está nas catástrofes grandiosas, mas nos pequenos actos de egoísmo, de mentira e de vingança.
Silvina Ocampo (1903–1993), irmã de Victoria Ocampo, foi uma das vozes mais originais e subestimadas da literatura argentina. Pintora de formação e escritora por destino, dedicou-se sobretudo ao conto. Muitas vezes relegada para segundo plano devido ao brilho de Borges e Bioy Casares, com quem partilhou afinidades e projectos, Silvina construiu uma obra singular, marcada pela ironia, a crueldade subtil e uma imaginação inquietante.
Ler Ocampo é enfrentar a desconfortável certeza de que a monstruosidade raramente vem de fora: habita dentro de cada um de nós.
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