Eichman em Jerusalém
Eichman em Jerusalém
Fui um administrador justo. Fiz coisas boas guiadas pelo meu carácter, e coisas más, obrigado pelos acasos da Guerra (2666, Roberto Bolaño). Somos homens do nosso tempo. Quando tudo isto terminar, quem estará inocente?
Publicado originalmente em 1963, este relato sobre a surpreendente Banalidade do Mal, resulta da cobertura jornalística que Arendt fez do julgamento (Jerusalém) de Adolf Eichmann, um dos principais responsáveis pela logística da “Solução Final” nazi.
Arendt (pensadora germano-americana de origem judaica, exilada nos Estados Unidos durante o regime nazi) não se limita a relatar os factos jurídicos. Propõe uma reflexão sobre a natureza do mal e da responsabilidade individual. A sua principal tese - a da “banalidade do mal” - sustenta que Eichmann não era um monstro irracional, mas um homem comum, obediente, incapaz de pensar criticamente sobre as suas ações.
Este conceito gerou intenso debate, sobretudo por sugerir que o mal extremo pode ser cometido por pessoas normais, desde que se desliguem do pensamento ético.
O que significa obedecer? Onde começa a responsabilidade pessoal? Como julgar quem age dentro de um sistema legal, mas moralmente inaceitável?
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