Hiroshima meu amor
Hiroshima meu amor
Publicado em 1960 a partir de um guião criado para Alain Resnais, é uma reflexão sobre a memória, a perda e a impossibilidade de representar a catástrofe. A experiência individual e a memória coletiva colidem no encontro entre uma atriz francesa e um homem japonês em Hiroshima, anos após a explosão da bomba atómica.
O texto mostra como o trauma não é uma estatística. Inscreve-se na intimidade das pessoas, no seu corpo e na sua memória. A história pessoal da narradora, marcada por um amor proibido durante a guerra, cruza-se com a devastação da cidade, revelando a fragilidade da fronteira entre a vida privada e a História.
Quem tem afinal o direito de contar os acontecimentos? Estará ao alcance da linguagem? O indizível.
Marguerite Duras (1914–1996) foi uma das escritoras mais importantes da literatura francesa do século XX. Romancista, guionista, dramaturga e cineasta, construiu uma obra que sempre me foi essencial para perceber o Feminino. Livros como O Amante e Moderato Cantabile, a par de Hiroshima, Meu Amor, confirmam o o seu lugar, central, no diálogo entre literatura e memória.
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