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Homens Aranhas

Homens Aranhas

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Fábula urbana que expõe, com ironia sombria e precisão, a fragilidade humana num mundo onde o medo se tornou rotina. A história acompanha um grupo de homens ameaçados pelo quotidiano, pela cidade e por si próprios. O absurdo instala-se devagar, como numa notícia demasiado verosímil.

O romance funciona como um espelho para uma sociedade que vive entre o pânico e a indiferença, entre a vontade de desaparecer e o desejo de ser vista.

“Quando a realidade começa a parecer um desenho animado, o mais sensato é aprender a andar pelas paredes”,

Uma sátira séria, sobre a precariedade emocional, política e social.

"Hoje acordei bem disposto. Levei apenas meia-hora a levantar-me. Tomei o pequeno almoço na rua e dirigi-me ao local de trabalho. Enfrentei provas bastante difíceis. Rebentar balões. Um número interminável de balões.

Viajei bastante, um pouco por todos os continentes, tendo por arma apenas uma lança, ou, em caso alternativo, uma pistola de dardos com a qual eliminava, um a um, os balões. Poc! Não podia deixar que me tocassem – eram balões tóxicos, ou venenosos, ou coisa do género. Cada vez que me tocavam, eu morria, e só tinha três vidas, por isso não podia deixar que me tocassem.

O país mais difícil foi talvez a Dinamarca, por causa da neve que caía ao mesmo tempo que os balões, confundindo-se com eles. Era uma excitação de gelar o sangue: nunca sabia se o que estava a tocar-me era um balão letal ou apenas um inofensivo floco de neve."

 

Rui Zink, nascido em Lisboa em 1961, é uma das vozes mais singulares da literatura portuguesa contemporânea. Escritor, professor e provocador intelectual, construiu uma obra marcada pela ironia, pela crítica social e pela capacidade rara de transformar o quotidiano em absurdo revelador.

Em livros como O Destino Turístico, A Instalação do medo ou Hotel Lusitano, explora a tensão entre fantasia e realidade: o humor como uma forma aguda de pensamento. Em Homens-Aranhas, essa tensão atinge um dos seus pontos mais luminosos: um romance que diverte para poder magoar.

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