Ilíada
Ilíada
Atribuída a Homero, é uma das fundações incontornáveis da literatura ocidental. Escrita por volta do século VIII a.C., esta epopeia relata um episódio da Guerra de Troia: a ira de Aquiles e as suas consequências.
O seu alcance ultrapassa de longe o campo de batalha. É uma reflexão sobre a condição humana: o orgulho, a honra, a morte e a inevitável passagem do tempo. Em cada verso da Ilíada ressoa uma compreensão profunda do destino e do limite, temas que moldaram a imaginação literária durante milénios.
A estrutura narrativa, o sentido do ritmo, a intensidade das imagens e a densidade emocional abriram caminho para toda a literatura que veio depois, de Virgílio a Joyce, de Shakespeare a Toni Morrison.
Ler a Ilíada é regressar à origem, não como quem visita um monumento antigo, mas como quem reconhece uma linguagem ainda viva. A epopeia grega continua a interpelar-nos porque, sob a armadura dos heróis, está o mesmo espanto e a mesma fragilidade que definem o ser humano.
Sobre Homero, pouco se sabe e tudo se imagina. Supõe-se que tenha vivido entre os séculos IX e VIII a.C. e que seja também o autor da Odisseia. A sua figura move-se entre a história e o mito, tal como as personagens que criou. Mas independentemente da sua biografia, Homero permanece o ponto de partida de toda a literatura ocidental — o primeiro a transformar a experiência humana em palavra perdurável. Sem Homero, o mundo teria aprendido a narrar de outro modo — talvez pior, certamente com menos verdade.
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