Bem-vinda a casa
Bem-vinda a casa
Arrancado de uma mulher terna, de uma beleza Helénica, este volume mistura contos inéditos, memórias e fragmentos autobiográficos.
Lúcia Berlin deixa cair todas as máscaras. Escreve sobre a sua infância, errante, entre complexos mineiros e cidades fronteiriças. Sobre os homens que amou (e perdeu), sobre os filhos que criou, os empregos que odiou, o alcoolismo que a consumiu e a escrita que a salvou.
Por pouco, tarde demais.
A sua voz é inconfundível. Berlin olha para a vida com o sarcasmo de quem já perdeu as ilusões, mas ainda não perdeu a ternura. E é isso que a torna perigosa para as nossas certezas.
Lucia Berlin (1936–2004) foi durante décadas uma escritora invisível. Talvez por ser mulher, pobre, alcoólica, trabalhadora. E inconvenientemente brilhante. A sua escrita, feita nos intervalos entre empregos mal pagos e uma maternidade solitária, reflete alguém que viveu como escreveu. Foi telefonista, enfermeira, professora, mãe de quatro filhos e uma das melhores contistas que a América já produziu. Ignorada em vida, celebrada depois da morte, é o tipo de autora que incomoda por ser honesta demais.
Bem-vinda a Casa é um aceno de despedida. Como tudo nela, com verdade.
Não foi possível carregar a disponibilidade de recolha
Partilhar







