Mistérios
Mistérios
Mistérios, publicado em 1892, é uma das obras mais enigmáticas e intrigantes do escritor norueguês Knut Hamsun. Centrado na figura do excêntrico Johan Nilsen Nagel, o livro apresenta-nos uma narrativa psicológica profunda, que desafia as convenções literárias da época.
Nagel chega a uma pequena cidade costeira da Noruega e, desde o início, causa estranheza entre os habitantes. Com o seu comportamento errático, intervenções imprevisíveis e discursos filosóficos desconcertantes. Torna-se uma presença tanto fascinante como desconfortável.
Nagel é simultaneamente altruísta e cruel, sensível e manipulador, lúcido e delirante (comos as pessoas normais, diria eu ... ). A cidade e os seus habitantes funcionam como um espelho das emoções e dos conflitos internos de Nagel, tornando-se cenário e metáfora ao mesmo tempo.
O estilo de Hamsun em Mistérios é marcado por uma prosa introspectiva e fragmentada, que antecipa os desenvolvimentos do modernismo literário no século XX. A influência desta obra é clara em escritores como Franz Kafka, Thomas Mann e até mesmo Ernest Hemingway.
Knut Hamsun nasceu em 1859 na Noruega, foi Nobel da Literatura em 1920, principalmente pela sua obra A Terra Prometida (Markens Grøde). A sua escrita é conhecida pela exploração da psicologia humana e pelo retrato da vida interior dos seus personagens.
A figura de Hamsun (tal como Celine e alguns, não tão poucos, Outros) ficou marcada pelo apoio público à Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial. Do ponto de vista literário, é uma figura de referência incontornável.
Um Maldito por direito. Será suficiente?
Henry Miller sobre Knut Hamsun
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