O Castelo
O Castelo
Podemos ler “O Castelo” (e "O Processo", e "América"), por um ato ignóbil de desrespeito à sua vontade.
A história é simples: Max Brod, seu melhor amigo, confidente, e editor, recusou-se a seguir instruções expressas para queimar, após a sua morte, toda a obra não publicada. Em vez disso, decidiu publicá-la.
"É a ele que devemos a salvação e divulgação da obra de Kafka", diz-se.
Para mim, é mais simples. Traiu a vontade do seu melhor amigo.
E nós somos os que espreitam pelo buraco da fechadura.
"O Castelo" - a hospitalidade não é um costume aqui, e não precisamos de visitantes - foi publicado postumamente (1926), inacabado: o indivíduo, esmagado por uma autoridade intransponível. Absurda.
Há realidades que permanecem inevitavelmente incompletas.
E temos que viver com isso.
Franz Kafka nasceu em 1883, em Praga, numa família judaica de expressão alemã. Formou-se em Direito e trabalhou numa companhia de Seguros toda a sua vida. Escreveu em tempo parcial e só publicou textos curtos em vida. Morreu em 1924 de tuberculose, deixando três "quase" romances: O Processo, O Castelo e América.
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