O misantropo
O misantropo
Uma comédia. Brilhante. Por isso, desconfortável. Estreada em 1666 (venham as teorias da conspiração), o texto expõe com ironia e lucidez a hipocrisia social da época.
Alceste, é incapaz de tolerar a falsidade e a bajulação. Defende a verdade, mesmo quando ela fere, e por isso choca com todos à sua volta. A sua honestidade, porém, não o torna herói; torna-o trágico. Molière desmonta a moral fácil e mostra que, num mundo governado pela aparência, a sinceridade pode ser uma forma de loucura.
O Misantropo é a comédia de nós próprios. O riso, uma arma. Passaram quase 400 anos. Mudou tanto. Mas, ao mesmo tempo, mudámos tão pouco.
Molière (1622–1673), nome artístico de Jean-Baptiste Poquelin, foi o maior dramaturgo da França clássica e um dos grandes satiristas da história da literatura. Criou um teatro que uniu inteligência, humor e crítica social, revelando as contradições morais da sua época. A sua obra - que inclui Tartufo, O Avarento e O Doente Imaginário - expôs o ridículo dos poderosos, dos hipócritas e dos pretensamente virtuosos, o que lhe valeu censuras e escândalos.
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