O prato do diabo
O prato do diabo
Uma espécie de autobiografia fragmentada, onde o autor relata episódios do seu quotidiano com um estilo direto e profundamente pessoal. Não segue uma estrutura narrativa tradicional. É mais de um desabafo literário do que de uma ficção convencional. Entre reflexões sobre a vida, a pobreza, a literatura e as dificuldades de sobreviver como escritor em Portugal, Pacheco constrói um retrato cru da sua realidade, sem artifícios ou sentimentalismos.
A linguagem é marcada pela oralidade, pelo humor e pela crítica social. Pacheco escreve como quem fala - sem cerimónia. Isso dá ao texto uma autenticidade rara, revelando tanto a inteligência como a vulnerabilidade do autor. Um testemunho singular de alguém que escolheu viver — e escrever — à margem das convenções. É uma leitura curta, mas que deixa uma impressão duradoura pela sua honestidade e intensidade.
Luiz Pacheco (1925–2008) foi escritor, editor e crítico literário português. Conhecido tanto pela qualidade da sua prosa como pela sua figura polémica. Fundou a editora Contraponto, onde publicou importantes autores da literatura portuguesa contemporânea. Viveu grande parte da sua vida em condições precárias, o que se reflete na sua escrita - profundamente autobiográfica, crítica e irónica. Apesar de estar frequentemente à margem do meio literário, é hoje reconhecido como uma figura incontornável das letras portuguesas.
Mais um dia de Noite, 1995 (Arquivo RTP)
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