Odisseia
Odisseia
Atribuída a Homero, é uma das obras fundadoras da literatura ocidental e uma das narrativas mais duradouras sobre o regresso, a identidade e o poder da palavra. Escrita por volta do século VIII a.C., a epopeia acompanha Ulisses na longa viagem de volta a Ítaca após a Guerra de Troia.
Uma travessia de dez anos marcada por naufrágios, enganos, monstros e deuses. Mas Odisseia é, muito mais do que uma aventura, uma meditação sobre a persistência humana diante do caos, sobre o desejo de casa, de sentido e de reconhecimento.
Ao inventar a figura do herói errante, Homero criou um arquétipo que continua a ecoar em toda a literatura posterior. De Dante e Cervantes a Joyce e Walcott. Cada narrativa moderna de deslocamento e perda, cada tentativa de regressar a um lugar interior, nasce, em última instância, da Odisseia.
Ler este poema é regressar à origem, à palavra que cria o mundo e o preserva, através da palavra escrita. Para percebermos o que permanece humano, apesar de tudo o que muda.
Sobre Homero, pouco se sabe com certeza. Terá vivido entre os séculos IX e VIII a.C. e é tradicionalmente apontado como autor também da Ilíada. A sua figura oscila entre o mito e a história, mas o impacto da sua obra é absoluto. Homero não foi apenas o primeiro poeta do Ocidente — foi o primeiro a mostrar que narrar é compreender o mundo, e que a literatura é, desde o início, um regresso interminável.
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