Os cães ladram facas
Os cães ladram facas
Bukowski em estado puro: lúcido, grotesco e quase terno. Nesta coletânea de poemas, encara a velhice, o amor, o álcool e a solidão com a ironia que o tornou imortal. Há mulheres, corridas de cavalos, bares, contas por pagar e a sombra da morte a rondar cada verso. E há, acima de tudo, uma dignidade feita de desprezo pela farsa e de amor pelas pequenas misérias da vida.
«Das muitas histórias de que se compõe a incrível biografia de Bukowski, só dez por cento são mentira», como diria Manoel de Barros. E Bukowski em nada contribuiu para desmistificar algumas delas. Pelo contrário.
Charles Bukowski (1920–1994), nascido na Alemanha e criado nos Estados Unidos, foi um dos escritores mais controversos e influentes do século XX. Filho de um pai violento e de uma vida precária, transformou o fracasso em estética. Com uma linguagem rude e transparente, deu voz aos excluídos, aos bêbados e aos cínicos. Em Bukowski, a obscenidade é uma forma de lucidez: a beleza acontece quando já não há nada a perder.
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