Os chouriços são todos para assar
Os chouriços são todos para assar
Um dos primeiros livros do autor e um objeto literário raro, tanto pela sua escassez física como pela força singular da sua escrita.
Publicado em 2002, o livro reúne um conjunto de contos que retratam personagens à margem, presas em situações absurdas, precárias ou grotescamente banais, sempre com uma ironia que se aproxima da ternura e um humor que encobre uma melancolia funda.
Ricardo Adolfo explora as fraturas do quotidiano com uma linguagem direta, oral, despojada de pretensão, onde o cómico e o trágico coexistem sem hierarquia. Através de episódios que parecem triviais, o autor expõe um retrato incisivo da solidão contemporânea, das pequenas derrotas e das ilusões que sustentam a vida comum.
O embrião do estilo que mais tarde amadureceria nos seus romances. Uma escrita atenta ao detalhe humano, ao absurdo do real e à dignidade frágil de quem insiste em continuar.
Ricardo Adolfo (n. 1974) nasceu em Luanda e cresceu em Lisboa. É romancista, argumentista e publicitário. Viveu entre Amesterdão e Tóquio, geografias que se refletem no tom cosmopolita e irónico da sua escrita. A sua obra distingue-se por uma linguagem viva, por personagens que se movem à margem e por uma crítica subtil às ilusões da vida urbana e contemporânea. Adolfo escreve com humor, mas sem complacência: usa o absurdo para iluminar o real. Entre o desconcerto e a lucidez, tornou-se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa atual.
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