Planície em chamas
Planície em chamas
Uma travessia pelo deserto da alma mexicana.
Pouco mais que poeira. E silêncio.
Publicado em 1953, este conjunto de contos retém, aprisionada, uma beleza violenta: gerações submersas na seca e no esquecimento.
Os mortos povoam, mais que os vivos, uma terra assombrada.
Pais ausentes. Filhos errantes.
Não há heróis. Há sobreviventes. Homens consumidos pela culpa. Mulheres abandonadas, crianças condenadas. A ternura, quando emerge, é uma sombra. Breve.
Juan Rulfo, nascido em 1917 no México, escreveu pouco, mas o suficiente para se tornar um mito. Com Planície em Chamas e o romance Pedro Páramo, mudou para sempre a literatura latino-americana. Foi órfão, funcionário público, fotógrafo. Escreveu como quem queima os últimos pedaços da propria alma. Desmontou a literatura rural e enfiou os dedos na ferida da alma mexicana.
Gabriel García Márquez reconheceu que, sem Rulfo, Cem Anos de Solidão teria sido outro livro.
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