Solaris

Publicado em 1961, combina especulação científica com uma profunda meditação sobre a natureza da consciência, da comunicação e dos limites do conhecimento .

O livro não oferece explicações (nem o filme, Tarkovski). Saberemos o que significa realmente compreender o “outro”? Teremos claro que é sempre, o outro, uma forma de vida radicalmente diferente da nossa? Aprisionados que estamos no nosso egoismo, é raro.

Stanisław Lem (1921 - 2006, Polónia) foi um dos maiores autores de ficção científica e filosofia da ciência. Médico, escreveu romances, ensaios e contos. Marcada por uma visão crítica da tecnologia e um profundo humanismo, a sua obra ultrapassa os limites do género.  Explora temas como a ética, a inteligência artificial e o destino da humanidade. Solaris é o seu livro mais traduzido e adaptado. Um clássico incontornável da literatura mundial.

« Em 1976, a associação de escritores americanos de ficção científica e fantasia retirou a Stanisław Lem (1921-2006) o título de membro honorário que lhe havia concedido. Uma decisão “técnica” que o próprio atribuiu ao facto de ter posto em causa a qualidade da ficção científica que se publicava nos Estados Unidos. Em boa verdade, Lem tinha acusado quase toda a ficção científicacontemporânea de ser medíocre, teoricamente incipiente, formatada, trivial. O caso americano parecia-lhe o mais grave. » in Expresso

Nada mudou, portanto. É por isso que, se quiserem ver o filme, devem ver a versão do Tarkovski. Garanto que passam bem sem mais uma dose de Clooney.