Um Copo de Cólera
Um Copo de Cólera
Um combate corpo a corpo, sem meias palavras nem delicadezas. Entre o desejo e a fúria. Entre a linguagem e a violência. Não mais a ilusão romântica do amor. Apenas o forro cru que sustenta a convivência entre dois seres, que se desejam tanto quanto se repelem.
Uma casa no campo. Um homem. Uma mulher.
Uma noite de sexo, uma manhã de raiva.
Todo o texto é uma dança de palavras com punhais em riste. Ideologia, ressentimento de classe, frustração sexual e ego confrontam-se sem qualquer esperança de regressar vivos. Febril, quase delirante, sem rede, incendiário, com frases que parecem não querer acabar, como se o próprio texto estivesse à beira do colapso. Ou do orgasmo.
É um risco este livro.
Como aqueles que o arado deixa em terra seca.
Ralo, vincado.
Raduan Nassar, nascido em 1935, nunca foi o escritor que a crítica adora aplaudir. Filho de imigrantes libaneses, abandonou a literatura para se dedicar à agricultura, com apenas três obras publicadas - Lavoura Arcaica, Um Copo de Cólera, Menina a Caminho. Incontornáveis.
Raduan Nassar, Não podia ficar calado
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